Olá leitores *
Você já
se perguntou para onde o lixo vai depois que sai da sua residência?
Bem, na melhor das hipóteses ele vai para um aterro sanitário. Então,
vamos entender o que é um aterro sanitário?
O Aterro Sanitário é um aprimoramento de
uma das técnicas mais antigas utilizadas pelo homem para descarte de
seus resíduos, que é o aterramento. Modernamente, é uma obra de
engenharia que tem como objetivo acomodar no solo resíduos no menor
espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio ambiente
ou à saúde pública.
Como se faz um aterro sanitário?
Primeiro é
necessário escolher o local e obter um estudo dos possíveis impactos
ambientais que o aterro pode causar para aquela região. Após o estudo o
solo é perfurado até o lençol freático para verificar se não é
arenoso demais e calcular o limite da escavação: o fundo não pode ficar a
menos de 2 metros do lençol, se tudo estiver dentro das normas pode-se
começar as escavações. Os tratores compactam a terra do fundo do
buraco. Sobre o solo
compactado é colocada uma espécie de manta de polietileno de alta
densidade e, sobre ela, uma camada de pedra britada, por onde passam os
líquidos e gases liberados pelo lixo. A cada 5 metros de lixo é feita
uma camada de impermeabilização. Para drenar o percolado (líquido que
sai do lixo misturado à água
da chuva) a cada 20 metros são instaladas calhas de concreto, que levam a
mistura até a lagoa de acumulação. Em algumas cidades é obrigatório a
criação de um cinturão verde de pelo menos 50 metros
de largura ao redor do aterro, com vegetação nativa. Os gases soltados
pelo lixo são captados por uma rede de tubos
verticais cheios de furinhos. Por esses canos, os gases sobem e chegam à
superfície do aterro. Alguns gases são recolhidos em tambores e outros
são liberados na atmosfera. Os Engenheiros calculam que cada metro
cúbico de lixo pesa cerca de
0,6 tonelada. Cada camada do aterro tem 5 metros de altura: 4 metros de
lixo e 1 metro de terra, brita e a manta de polietileno. Em cidades
pequenas, o limite é de três camadas, mas nas metrópoles elas chegam a
20m. Quando o aterro esgota sua capacidade, é preciso fechá-lo. A
maior parte deles dá origem a áreas verdes de conservação. Como o gás e o
percolado continuam sendo gerados por pelo menos 15 anos, não se
recomenda que o terreno seja usado para construções.
A título de curiosidade: um aterro sanitário pode chegar a uma altura de 100m!
Qual a diferença entre um aterro sanitário e um aterro controlado?
O
aterro controlado é uma tentativa de transformar lixões em aterro.
Primeiro, procura-se isolar a área de um antigo lixão com uma
cobertura de manta plástica impermeável, para evitar que a água da chuva
carregue mais chorume para os lençóis freáticos, e depois cria-se uma
cobertura de terra com grama para não atrair animais que podem
transmitir doenças. Constroem-se chaminés para liberar os gases e se
tenta
captar o chorume por bombeamento, levando-o para cima da pilha de lixo.
Dessa forma, diminui-se a eventual contaminação dos lençóis freáticos.
As
laterais são revestidas com um plástico bem
espesso, da mesma forma que um aterro sanitário. No entanto, muitos dos
aterros controlados não apresentam a impermeabilização do terreno, nem
tratamento do chorume e dos gases produzidos. A vantagem de um aterro
controlado é o baixo custo, mas se ele não for bem feito, o aterro
controlado pode se tornar um novo lixão.
Referências:
Manual de gerenciamento de resíduos sólidos.
Aterro
sanitário. Disponível em
<http://www.cetesb.sp.gov.br/mudancas-climaticas/biogas/Aterro%20Sanit%C3%A1rio/21-Aterro%20Sanit%C3%A1rio>
Acesso em 16 de julho de 2014.