quarta-feira, 16 de julho de 2014

Olá leitores * 

Você já se perguntou para onde o lixo vai depois que sai da sua residência? Bem, na melhor das hipóteses ele vai para um aterro sanitário. Então, vamos entender o que é um aterro sanitário?

O Aterro Sanitário é um aprimoramento de uma das técnicas mais antigas utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o aterramento. Modernamente, é uma obra de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo resíduos no menor espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio ambiente ou à saúde pública.




Como se faz um aterro sanitário? 

Primeiro é necessário escolher o local e obter um estudo dos possíveis impactos ambientais que o aterro pode causar para aquela região. Após o estudo o solo é perfurado até o lençol freático para verificar se não é arenoso demais e calcular o limite da escavação: o fundo não pode ficar a menos de 2 metros do lençol, se tudo estiver dentro das normas pode-se começar as escavações.  Os tratores compactam a terra do fundo do buraco. Sobre o solo compactado é colocada uma espécie de manta de polietileno de alta densidade e, sobre ela, uma camada de pedra britada, por onde passam os líquidos e gases liberados pelo lixo. A cada 5 metros de lixo é feita uma camada de impermeabilização. Para drenar o percolado (líquido que sai do lixo misturado à água da chuva) a cada 20 metros são instaladas calhas de concreto, que levam a mistura até a lagoa de acumulação. Em algumas cidades é obrigatório a criação de um cinturão verde de pelo menos 50 metros de largura ao redor do aterro, com vegetação nativa. Os gases soltados pelo lixo são captados por uma rede de tubos verticais cheios de furinhos. Por esses canos, os gases sobem e chegam à superfície do aterro. Alguns gases são recolhidos em tambores e outros são liberados na atmosfera. Os Engenheiros calculam que cada metro cúbico de lixo pesa cerca de 0,6 tonelada. Cada camada do aterro tem 5 metros de altura: 4 metros de lixo e 1 metro de terra, brita e a manta de polietileno. Em cidades pequenas, o limite é de três camadas, mas nas metrópoles elas chegam a 20m. Quando o aterro esgota sua capacidade, é preciso fechá-lo. A maior parte deles dá origem a áreas verdes de conservação. Como o gás e o percolado continuam sendo gerados por pelo menos 15 anos, não se recomenda que o terreno seja usado para construções.
  A título de curiosidade: um aterro sanitário pode chegar a uma altura de 100m! 


Qual a diferença entre um aterro sanitário e um aterro controlado? 



O aterro controlado é uma tentativa de transformar lixões em aterro. Primeiro, procura-se isolar a área de um antigo lixão com uma cobertura de manta plástica impermeável, para evitar que a água da chuva carregue mais chorume para os lençóis freáticos, e depois cria-se uma cobertura de terra com grama para não atrair animais que podem transmitir doenças. Constroem-se chaminés para liberar os gases e se tenta captar o chorume por bombeamento, levando-o para cima da pilha de lixo. Dessa forma, diminui-se a eventual contaminação dos lençóis freáticos.
As laterais são revestidas com um plástico bem espesso, da mesma forma que um aterro sanitário. No entanto, muitos dos aterros controlados não apresentam a impermeabilização do terreno, nem tratamento do chorume e dos gases produzidos. A vantagem de um aterro controlado é o baixo custo, mas se ele não for bem feito, o aterro controlado pode se tornar um novo lixão.


Referências:
Manual de gerenciamento de resíduos sólidos. 
Aterro sanitário. Disponível em <http://www.cetesb.sp.gov.br/mudancas-climaticas/biogas/Aterro%20Sanit%C3%A1rio/21-Aterro%20Sanit%C3%A1rio> Acesso em 16 de julho de 2014.