segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Olá Queridos Leitores *

Nos últimos anos a Biotecnologia tem ganhado cada vez mais espaço no nosso cotidiano trazendo inúmeros benefícios, mas será que toda essa  rapidez e modificação que ela está promovendo não trará algum dano futuro ao meio ambiente? Bem para entender melhor esse assunto aí vai um texto sobre os impactos (positivos e negativos) que a Biotecnologia poderá causar ao nosso meio.



RELAÇÃO ENTRE BIOTECNOLOGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

            A Biotecnologia vem ganhando cada vez mais espaço nos últimos anos e atualmente é considerada uma das ferramentas mais importantes de estudo com organismos vivos. Essa ciência se refere principalmente à pesquisa científica e tecnológica, que tem como intuito desenvolver processos utilizando agentes biológicos para produzir ou modificar determinados produtos.
Diversas são as possibilidades de aplicação da Biotecnologia, desde o estudo do DNA recombinante, os transgênicos, a clonagem, o aproveitamento de células tronco para os processos de terapia gênica, a produção de medicamentos e produtos agrícolas, dentre outras. Diante de tantos processos “suas aplicações têm contribuído para a estruturação de novos sistemas econômicos e sociais, o desenvolvimento dos países, especialmente a partir da manipulação das menores estruturas que compõem os seres vivos.“ (BRASIL, 2010, p.3)
O desenvolvimento sustentável é um grande desafio para a sociedade, esse problema assume uma grande importância para as pessoas, uma vez que por muitos anos a humanidade explorou excessivamente os recursos naturais do planeta, com os processos industriais intensos, extrativismo e ocupação de áreas inadequadas, todas essas questões colocam em risco não somente a possibilidade de eliminação dos recursos naturais essenciais, mas também a nossa própria sobrevivência.
De acordo com as colocações de Jacobe (2003, p.5):
A ideia de sustentabilidade implica a prevalência da premissa de que é preciso definir limites às possibilidades de crescimento e delinear um conjunto de iniciativas que levem em conta a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos por meio de práticas educativas e de um processo de diálogo informado, o que reforça um sentimento de co responsabilidade e de constituição de valores éticos.

            A velocidade com que a Biotecnologia vem atingindo o cotidiano das pessoas traz dúvidas em relação ao impacto que ela pode causar no ambiente. Como participa de diversas atividades humanas como: agricultura, pecuária, saúde, dentre outras, essa ciência traz inovações importantes para a sociedade e ao mesmo tempo desperta preocupação em relação as possíveis consequências do que hoje é considerado um benefício.
            Técnicas utilizadas nos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) como, por exemplo, os transgênicos permite a introdução de características interessantes e desejáveis a plantas, como: resistência a pragas e doenças, maior durabilidade, ou até mesmo a seca, essas são características que garantiriam uma maior qualidade da plantação. O Ministério da Agricultura ainda destaca outras inúmeras vantagens do uso da Biotecnologia para o benefício das pessoas, dentre elas destacam-se “produzir vacinas, medicamentos ou drogas humanas e animais, inseticidas e produtos de uso agrícola, entre outros produtos úteis à agropecuária e ao homem, por meio de bactérias, leveduras e outros microrganismos geneticamente modificados.” (BRASIL, 2010, p.6).
            O processo de biorremediação, que consiste na descontaminação das águas através do uso de seres vivos como plantas e microrganismos capazes de transformar e reduzir os poluentes do ambiente, essa é outra vantagem do uso da Biotecnologia no meio ambiente. Todas essas possibilidades refletem inúmeros benefícios para a população, por isso muitos são os defensores dessas técnicas de melhoramento genético, que se apresentam eficientes em sua maioria (VÁSQUEZ, 2008).
            Entretanto por se tratar de uma técnica relativamente recente não se sabe ao certo se ela trará algum problema futuro. Porém acredita-se que podem ocorrer alterações no ambiente, “a introdução de uma nova espécie em um meio e as monoculturas podem levar ao desaparecimento de outras espécies da cadeia alimentar que utilizavam o meio natural para a alimentação e reprodução.” (ALVES, 2004, p.8) Além desse outros fatores são apontados como: o aparecimento de novas pragas e ervas daninhas mais resistentes por conta da resistência dos OGM, comprometimento da biodiversidade do planeta, a possível contaminação com substância tóxicas e outros fatores que podem vir a ocorrer no meio ambiente.
            Portanto podemos dizer que a Biotecnologia poderá ajudar na sustentabilidade do meio ambiente em diversos aspectos positivos, que vão desde a despoluição de espaços contaminados, melhoria no aproveitamento das produções e até a garantia de alimentos para a população. Entretanto ainda é necessário que se haja com cautela, uma vez que é preciso haver mais estudos que comprovem a total segurança do uso dessas técnicas inovadoras que a Biotecnologia proporciona, porém é aceitável dizer que essa tecnologia inovadora transformou o meio social, econômico e ambiental atual, trazendo inúmeras possibilidades e inovações para a sociedade.


REFERÊNCIAS

ALVES, Gilcean Silva. A biotecnologia dos transgênicos: precaução é a palavra de ordem. Disponível em: <http://www.agrolink.com.br/downloads/91692.pdf> Acesso em: 15 de nov. 2015.

BRASIL. Ministerio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Boletim técnico: Biotecnologia agropecuária. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Qualidade%20dos%20alimentos/biotecnologia_F.pdf> Acesso em: 15 de nov. 2015.

JACOBE, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf> Acesso em: 15 de nov. 2015.

VÁSQUEZ, Silvestre Fernández. Possíveis impactos da biotecnologia no meio ambiente, especialmente na população humana. Disponível em: <http://periodicos.unitau.br/ojs2.2/index.php/biociencias/article/viewFile/478/277> Acesso em: 15 de nov. 2015.