Você sabe a diferença entre a Língua Portuguesa e Linguagem Brasileira de Sinais? Então leia esse artigo e fique sabendo agora mesmo!
Libras: é uma língua visual-espacial; baseada nas experiências visuais
das comunidades surdas, mediante as interações culturais surdas;
apresenta uma sintaxe espacial incluindo os chamados classificadores;
utiliza a estrutura de foco por meio de repetições sistemáticas; utiliza
as referências anafóricas por intermédio de pontos estabelecidos no
espaço que exclui ambiguidades; não tem marcação de gênero; atribui um
valor gramatical às expressões faciais; coisas que são ditas nas línguas
de sinais não são ditas usando o mesmo tipo de construção gramatical da
língua portuguesa. Assim, há vezes que uma grande frase é necessária
para dizer poucas palavras em uma ou outra língua; a escrita não é
alfabética.
Língua portuguesa: é uma língua oral-auditiva; baseada nos sons; usa uma
sintaxe linear, utilizando a descrição para captar o uso de
classificadores; este processo não é comum na Língua Portuguesa; utiliza
referências anafóricas, mas algumas frases apresentam ambiguidade; o
gênero é marcado a ponto de ser redundante; atribuir um valor gramatical
às expressões faciais não é considerado como relevante, apesar de poder
ser substituído pela prosódia; a escrita é alfabética.
No ensino comum, a Língua Portuguesa para surdos vem sendo ministrada
inadequadamente, num contexto de metodologias que consideram o Português
como língua materna, não considerando as especificidades do processo de
ensino de uma língua oral-auditiva a um usuário de uma língua
visual-espacial. Isso leva a um alto índice de fracasso. Isso se deve, em parte, a uma formação deficiente dos professores, em
que faltam: conteúdos curriculares de Língua Portuguesa nos cursos de
Pedagogia; conhecimentos relativos à diferença entre metodologias de
ensino de Língua Portuguesa como primeira e como segunda língua;
conhecimentos das metodologias de ensino de línguas.
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